quinta-feira, 21 de maio de 2009

Beyoncé - Smash into you







18.05.09, Memorável!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Realidade Valiosa

Numa destas noites primaveris, decidi sair de casa para dar uma volta pela cidade. Estava uma noite agradável e eu estava em casa sem fazer nada. Levei um pequeno casaco, quando saí, pensando eu que estava agasalhada. Enquanto ia andar, reparei que a cidade estava deserta. Não tinha alma viva. Ou se tinha, não vi ninguém.
A medida que ia a caminhar, a minha mente estava completamente vazia. Não tinha nenhum pensamento, nenhuma imagem, nada. Não tinha nada. Tinha decidido que, ao sair de casa, os problemas ou acontecimentos menos bons, ficavam lá. Aquela noite era minha, era só para mim.
Continuei o meu caminho a pensar em… sinceramente não me lembro. Mas o mais certo era não estar a pensar em nada. E mesmo que eu quisesse pensar em alguma coisa, não conseguia porque estava aborrecida. Entretanto, ouvi de um prédio onde eu estava a passar, alguém a tocar piano. O som era fraco, não se ouvia muito bem. Olhei para cima, e reparei que aquela entoação vinha do último andar desse mesmo prédio e, decidi subir até lá em cima.
A medida que subia, o som tornava-se mais forte. Quando cheguei á porta de onde vinha o som, fiquei imóvel. A música era bem melhor do que eu estava a ouvir á entrada do prédio. Olhei em volta á procura de alguma porta que desse para o terraço que havia em cima, porque não ia ficar á porta de casa do suposto “músico”. Encontrei! Fui em direcção a ela. Estava aberta. Suspirei de alívio. Abri a porta misteriosa, e subi as longas escadas que davam para o terraço. Quando pisei o ultimo degrau, só me veio uma palavra á boca “Wow!”. Era lindo. Via-se a cidade toda iluminada. Via a praça, via a minha escola, via a minha casa. Via tudo. A vista era absolutamente fantástica.
Quando parei de contemplar aquela vista, apercebi-me que a música ainda estava ali, ao pé de mim. Olhei em volta e reparei que aquele espaço estava arrumado. Parecia que alguém vinha todos os dias limpar e arrumar aquele lugar. Tinha vários bancos e tinha algumas flores espalhadas pelo grande terraço. Era um sítio acolhedor e gostei daquele espaço desde logo.
Fui em direcção a um banco e sentei-me a observar a cidade enquanto a melodia entrava nos meus ouvidos e ficava durante um tempo dentro da minha cabeça que, continuava a estar vazia. Enquanto a música ainda durava, lembrei de dançar um pouco. Quer dizer, não estava ninguém comigo no terraço, não estava ninguém a ver, logo confrontei-me com esse meu desejo.
Então desafiei-me a mim própria a seguir a música com os meus dotes de bailarina. Levantei-me do banco de onde estava, fechei os olhos e simplesmente segui a doce melodia com uns simples passos. Naquele momento, senti a música a entrar no meu corpo como agua fluida e tudo o que me lembro a seguir, foi de eu a dançar naquele lugar mágico, debaixo de um céu estrelado que estava propicio á fantasia, onde a música entrava nos meus ouvidos e fazia-me sentir grandiosa. No fim de a música acabar, parei e desejei voltar aos palcos, desejei receber as palmas do público e brilhar. Brilhar a fazer o que eu gosto, que é Dançar. Sentei-me novamente no banco e senti-me bem comigo própria. Agora sim. Agora já sabia o porque de ter saído de casa, o porque de a minha cabeça estar sem pensamentos, sem ideias. Tinha saído de casa, para saber o que é importante para mim. Para saber o que me mantém viva: a Dança!